A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) é celebrada todos os anos em mais de 170 países, como iniciativa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e de seus parceiros, a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, desde 2017, o apoio à amamentação não se promove apenas durante a SMAM, e sim durante todo o mês seguindo a Lei Nº 13.435, que instituiu o mês de agosto como Mês do Aleitamento Materno, conhecido como Agosto Dourado, devido à cor que simboliza o padrão ouro de qualidade do leite humano.
O mês de agosto é conhecido como Agosto Dourado por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação – a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
A história da Semana Mundial de Aleitamento Materno teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde com a UNICEF, momento em que foi gerado um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”.
Para cumprir os compromissos assumidos pelos países após a assinatura deste documento, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, sigla em inglês).
Em 1992, a WABA criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e, todos os anos, define um tema a ser explorado e lança materiais que são traduzidos em 14 idiomas com a participação de cerca de 120 países.
O mês do Aleitamento Materno no Brasil foi instituído pela Lei nº 13.435/2.017 para intensificar ações intersetoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno.
O apoio ao aleitamento materno envolve muitos protagonistas e níveis. As mulheres precisam de apoio do serviço de saúde, do local de trabalho e da comunidade.
Isso é chamado Apoio numa Cadeia de calor para Amamentação, em analogia à chamada “cadeia do frio” que usamos em Saúde Pública com relação às vacinas, que necessitam de uma “cadeia do frio” para serem eficazes.
A Unimed Sorocaba conta com profissionais capacitados para integrar essa cadeia de calor!
E todos podemos ser protagonistas dessa luta? Nós da Unimed Sorocaba fazemos parte dessa “rede de calor” disponibilizando informações logo no pré-natal através da consulta pediátrica e o curso de gestante.
Ao nascimento incentivamos a Golden Hour com o contato pele a pele e a mamada logo na primeira hora de vida do recém-nascido.
Durante a internação contamos com uma equipe especializada e atualizada ensinando técnicas adequadas de posicionamento durante amamentação e assim evitar fissuras mamárias, além de termos as rodas de amamentação diariamente com fonoaudiólogas.
Para o pós-alta oferecemos o agendamento da consulta pediátrica na primeira semana e contamos com o apoio no espaço Iguatemi para avaliações do binômio mãe-bebê.
Proteger a amamentação é uma responsabilidade de todos nós.
“A amamentação é um dos melhores investimentos para reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde e o desenvolvimento social e econômico das populações.
E criar um ambiente propício para a prática da amamentação é um imperativo de toda a sociedade.
E conseguimos fazer isso através de ações coordenadas, estratégias de proteção, promoção e apoio em nível institucional e individual.
Adotar uma abordagem inclusiva sobre o aleitamento materno que agregue pais, amigos, familiares, colegas de trabalho e comunidade é fundamental para criar um entorno propício, que permita às mães amamentarem de forma otimizada”.
A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações.
Criar um ambiente propício para padrões de alimentação infantil ideais é um imperativo da sociedade.
Então, o que é necessário para criar um ambiente favorável e melhorar as práticas de amamentação?
Proteção, promoção e apoio à amamentação são estratégias importantes em nível institucional e individual.
Ações coordenadas para otimizar a alimentação infantil em tempos normais e em emergências é essencial para garantir que as necessidades nutricionais de todos os bebês sejam atendidas.
As pontas do laço são o futuro: o aleitamento materno exclusivo por 6 meses e a amamentação continuada por 2 anos ou mais, com a adequada introdução de alimentos e um espaçamento das gestações preferencialmente de 3 anos ou mais; dando à mulher o tempo necessário para assegurar o cuidado da saúde, crescimento e desenvolvimento da criança.
O laço é o símbolo da união que sustenta o sucesso da amamentação.
Amamentação é algo aprendido e não instintivo, e apesar de ser algo biológico também passa pelo mundo interno de cada mãe, que tem experiências, corpos e emoções diferentes. Por isso a importância da troca de olhares entre mãe/bebê, porque é nesse momento que o amor vai se fortalecendo e nele também vai reforçando a importância da paciência diante do processo de aprendizado de ambos.
Instinto é caracterizado como algo que deve aparecer de forma idêntica em todos os membros da mesma espécie, que na amamentação vemos que não é o caso, então toda mãe deve evitar comparações e julgamentos, ser diferente não é sinônimo de ser errado, respeite seu tempo e processo.
O estresse pode sim afetar momentaneamente, porém ele não é capaz de impedir a amamentação. Durante a amamentação há a liberação de dois hormônios, a ocitocina (hormônio do amor) é responsável pela saída de leite e a prolactina é responsável pela produção. Quando há dor, cansaço extremo, tristeza e/ou emoções desafiadoras em geral, pode haver inibição da ocitocina e consequentemente prejudicar a saída de leite.
Por isso a importância do cuidado com a saúde da mãe e a importância da rede de apoio, que terá como principal foco o cuidado com essa mulher, que além de mães, são seres humanos que sentem, sofrem e possuem necessidades individuais, uma mãe saudável fisicamente e emocionalmente consegue acolher, transmitir afeto e segurança ao seu bebê.
Uma amamentação com troca de olhares entre mãe e bebê, promove e fortalece o vínculo afetivo entre eles. A mãe sente confiança, relaxamento e concentração, que também está ligado com os hormônios prolactina e ocitocina. Além disso a amamentação também é uma das formas de comunicação entre a mãe e o bebê, é através desse ato que o bebê se sente seguro, amado e aprende desde cedo a se comunicar com afeto e confiança.
O aleitamento materno também auxilia no processo de exterogestação (rompimento da relação simbiótica que ocorre no útero entre mãe e bebê), que ali estavam ligados diretamente e agora precisam aprender a viver “separados” de uma forma tranquila e segura.
A amamentação é uma forma de alimentação sustentável. Como é produzido pela mulher e oferecido diretamente ao bebê, o leite materno não precisa de preparo, ou seja, não utiliza água, gás, energia elétrica e embalagens.
A mãe poderá continuar oferecendo o leite ordenhado . Mas, para isso, ela vai precisar contar com uma rede de cuidados da criança que saiba oferecer o leite ordenhado, o que, muitas vezes, não é a realidade.
“Na prática, muitas pessoas desmamam a criança na volta para o trabalho pela dificuldade em ordenhar, armazenar o leite e ofertar depois. Sobretudo as trabalhadoras informais que não têm direito à licença maternidade e precisam retornar rapidamente ao mercado de trabalho.”
Apesar de ser um ato natural, amamentar é uma ação que deve ser aprendida. Muitos são os obstáculos que a mãe pode enfrentar durante a jornada, e são necessárias a paciência e a força de vontade para vencê-los.
Estudos demonstram que, mesmo após um ano de vida do bebê, 100 ml de leite materno permanecem com mais calorias nutritivas do que o leite de vaca, mesmo não sendo mais o principal alimento da criança.
Não são exatamente regras, mas existem técnicas que ajudam as mães que têm dificuldade em fazer os bebês mamarem.
Nem sempre que o bebê chora é porque está com fome. Ele pode estar com cólica, frio ou calor, molhado, ou simplesmente querendo carinho (colo). Lembre-se de que o choro é a única forma que o bebê tem de se comunicar nos primeiros meses de vida.
É recomendável que a mãe tenha uma alimentação balanceada e saudável. Deve-se evitar bebida alcoólica, café em excesso e alimentos muito gordurosos, como o chocolate. No caso do café ou chocolate a questão não é comer, mas a quantidade consumida.
O frasco para o acondicionamento do leite materno extraído deve ser de fácil limpeza e desinfecção, apresentar boa vedação e ser constituído de material inerte (que não sofra reação química quando em contato com outros materiais) e inócuo (que não cause dano material, físico ou orgânico) ao leite. Um bom exemplo são os potes de vidro com boca larga, tampa de plástico rosqueável e sacos de armazenamento de leite materno.
Os frascos e as tampas, retirando o rótulo e o papelão que fica sob a tampa, devem ser lavados cuidadosamente com água e sabão e, depois, fervidos por 15 minutos ou esterilizados. Após a fervura, devem ser colocados de boca para baixo sobre um tecido limpo para que sequem naturalmente. Após a higienização, o contato com a parte interna do frasco ou da tampa deve ser evitado.
Sacos de armazenamento de leite maternoÉ a solução perfeita para as mães que precisam armazenar o leite materno de forma segura e higiênica. O que significa que você terá um bom estoque para usar quando necessário. Alguns sacos são reutilizáveis (de acordo com a marca e fabricante- NECESSÁRIO VER A DESCRIÇÃO DE CADA FABRICANTE), o que os torna uma opção econômica e ecológica. Basta lavá-los cuidadosamente após cada uso para garantir que estejam sempre limpos e prontos para serem usados novamente. Outros, porém são descartáveis e devem ser descartados em no lixo reciclável – se forem feitos em plástico adequado.
PARA AMBOS - VERIFIQUE SEMPRE AS INSTRUÇÕES DO FABRICANTE E A POLÍTICA DE DESCARTE.
Quando guardado na geladeira, o prazo de validade do leite materno será de 12 horas. No uso do freezer ou congelador, o leite deve ser congelado logo após a retirada. A validade, neste caso, estende-se para até 15 dias, se assim for mantido.
Para descongelar o leite materno, o frasco deverá ser retirado do congelador ou freezer e colocado em banho-maria, na água quente, com o fogo já desligado. O frasco deve ser agitado lentamente para misturar seus componentes, até que não reste nenhum gelo. O leite não deve ser fervido e nem aquecido em micro-ondas, pois esse tipo de aquecimento pode destruir os fatores de proteção.
Uma boa dica para verificar a temperatura correta é pingar algumas gotas na parte interna do pulso. O leite deve estar em torno de 40º, levemente acima da temperatura corporal humana.
Quando descongelado, retirar apenas a quantidade que será consumida pelo bebê. O restante deve ser conservado na geladeira por até 12 horas. Após este período, o leite que estiver na geladeira deve ser descartado.