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Atividades físicas para as crianças durante (e depois) da quarentena

Atividade física é essencial para as crianças, mas quais cuidados devem ser tomados durante a pandemia?

21 de Setembro de 2020

A atividade física ajuda no desenvolvimento e fortalece a imunidade: criança precisa correr, brincar, se exercitar. Mas, o isolamento social trazido pelo novo coronavírus dificultou a prática para muitas delas. 

Aos poucos, algumas regiões retomam as atividades ao ar livre. Preocupada com os cuidados necessários nestes novos tempos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um documento com recomendações a famílias e escolas. Aqui, vamos ver:


A intensidade dos exercícios para as crianças




Vale para todas as idades: a prática regular de atividades físicas fortalece o sistema imunológico, previne a obesidade e tem até ação anti-inflamatória.

O ideal, segundo a SBP, é que crianças e adolescentes acumulem 60 minutos de atividade física por dia, de moderada a vigorosa. Assim, estimulam-se ossos, músculos, articulações, desenvolvimento motor, equilíbrio e coordenação. Mas o isolamento social comprometeu o condicionamento físico de muitas crianças.

Por isso, os pediatras recomendam atenção à duração e à intensidade dos exercícios, especialmente depois de um longo período de sedentarismo. Atividades desreguladas e retorno abrupto às muito intensas podem ter efeitos negativos no organismo de crianças e adolescentes.

As atividades moderadas podem diminuir infecções do trato respiratório em até 50%. Porém, as muito intensas (como andar de bicicleta e correr longas distâncias, pular corda, praticar esportes e fazer trilhas) podem piorar os casos em até seis vezes.


Considerações sobre a volta das atividades escolares

Com calendários diferentes de acordo com a região, escolas e secretarias de educação de todo o país estão elaborando protocolos para o retorno às aulas. Reunimos alguns pontos sugeridos pela SBP para ajudar quem for participar do debate:

  • ainda não é o momento de retomar esportes coletivos de contato
  • é importante estimular práticas esportivas que permitem distanciamento, como atletismo, jogos de raquete, circuito, ioga
  • reforçar a necessidade de máscara
  • não há consenso ainda sobre a distância mínima, mas recomenda-se um distanciamento de 1 a 2 metros para práticas estáticas e de 5 metros quando houver deslocamento (corrida, caminhada)
  • será fundamental organizar o espaço para propiciar o distanciamento e desinfetar o ambiente e os brinquedos com frequência
  • ambientes ao ar livre ou em locais mais arejados são melhores para práticas físicas
  • educadores precisam considerar eventual perda de condicionamento físico das crianças e adolescentes no planejamento de atividades corporais, priorizando as moderadas
  • estimular a hidratação durante e depois dos exercícios, em copos individuais (e não bebedouros)

É preciso se preparar, mas não acelerar o processo de retomada. Mesmo que algumas regiões estejam planejando flexibilização de quarentena e o retorno gradual de atividades ao ar livre, é importante lembrar que o distanciamento físico ainda é a melhor maneira de prevenir a contaminação pelo novo coronavírus.

As dúvidas sobre a COVID-19 ainda são muitas e angustiam pais e educadores. Reduzir o risco de contaminação e, ao mesmo tempo, promover práticas saudáveis é o nosso desafio nestes novos tempos.


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