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21 de Outubro de 2025 | 09h57

Dia do Médico: tecnologia e formação moldam o futuro da medicina

Cooperados da Unimed Sorocaba refletem sobre os avanços da profissão e os desafios na formação das novas gerações

Celebrado em 18 de outubro, o Dia do Médico é uma oportunidade para refletir não apenas sobre a importância desses profissionais no cuidado com a saúde, mas também sobre o papel essencial que muitos deles desempenham como educadores, formando as próximas gerações de médicos. Na Unimed Sorocaba, diversos cooperados atuam em universidades da região, compartilhando sua experiência e contribuindo para o futuro da medicina.

Desafios e inovação

O endocrinologista Dr. Alexandre Franzin Vieira, docente há mais de 25 anos, atualmente professor de Liderança e Novas Competências Profissionais de Universidade particular da cidade de Sorocaba, observa que os desafios atuais são muito diferentes do início da sua carreira, especialmente pelo avanço tecnológico.

“A medicina está passando por múltiplas transformações, desde as expectativas dos pacientes até o acesso cada vez maior à informação e aos cuidados de saúde. A inteligência artificial deve modificar a forma como consultas são conduzidas e impactar especialidades técnicas, enquanto aquelas que exigem escuta e proximidade ganharão ainda mais relevância”, analisa.

Para ele, tecnologias wearables — dispositivos que podem ser usados no corpo — ampliam as possibilidades, mas só terão impacto real com acesso amplo e custos equilibrados. “O desafio é conciliar esses avanços com a sustentabilidade econômica e a valorização do tempo necessário para atender plenamente às necessidades dos pacientes.”

Com quase quatro décadas de experiência como docente, a Dra. Gisele Moreira, professora de Cirurgia Geral e Trauma de uma instituição de ensino superior privada em Sorocaba, lembra que os avanços também trouxeram dilemas éticos e sociais.

“A incorporação das tecnologias elevou os custos da saúde, impactando tanto o sistema público quanto o privado e aumentando a população de excluídos. Além disso, a transformação digital trouxe dilemas bioéticos que precisam ser discutidos pela sociedade, como aborto, eutanásia e o uso da inteligência artificial”, afirma.

A ginecologista e obstetra Dra. Cleidiane de Souza, professora de Obstetrícia Normal e Patológica de uma Faculdade particular de Sorocaba, reforça que a profissão exige cada vez mais preparo.

“Os médicos terão que se especializar continuamente para conquistar a confiança dos pacientes e oferecer resultados melhores. Esse movimento se conecta ao modelo atual, no qual o paciente participa ativamente das decisões, realidade que tende a se intensificar com o avanço da tecnologia e da inteligência artificial. O desafio é garantir que essa participação aconteça sem se afastar das melhores evidências científicas”, completa.

Formação além da sala de aula

Se a tecnologia abre novos caminhos, a formação das novas gerações de médicos exige um olhar ainda mais atento. Para a Dra. Cleidiane, os professores enfrentam desafios crescentes.

“Precisamos preparar jovens para uma medicina invadida por informações duvidosas, pressões de marketing e riscos de judicialização. Também é fundamental falar sobre autocuidado, qualidade de vida e como lidar com frustrações e com o contato íntimo com o sofrimento humano.”

Na mesma linha, o Dr. Alexandre destaca a importância de estimular o senso crítico e a consciência social. “O mais importante é não perder a capacidade de indignar-se diante do que está errado e trabalhar, em qualquer escala, para melhorar. Devemos preparar alunos para que atuem por uma sociedade mais saudável, justa e equitativa.”

Para a Dra. Gisele, a atualização constante é indispensável. “Não é possível limitar a formação médica ao curso de graduação. A educação continuada em congressos, pós-graduações e grupos de estudo é essencial. Hoje, cabe ao professor estimular a reflexão crítica, o trabalho em equipe e a indignação diante das injustiças.”

O cooperativismo como diferencial

Para o diretor-presidente da Unimed Sorocaba, Dr. Gustavo Ribeiro Neves, refletir sobre os novos profissionais é estratégico para o futuro da cooperativa.

“Na Unimed Sorocaba, contamos com médicos que são referência em suas áreas e que, além de cuidarem de vidas, formam as próximas gerações. O cooperativismo é o alicerce desse modelo, pois valoriza o trabalho médico, fortalece sua autonomia e amplia a qualidade do atendimento. Neste Dia do Médico, celebramos tanto os que atuam diretamente com os pacientes quanto aqueles que deixam um legado de ensino e inspiração.”

Fonte: VPO Comunição


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